segunda-feira, maio 23, 2016

Os Malefícios de Viver como Coitadinho

Se tem uma coisa que pode atrapalhar seu progresso de vida é a sua mente, a forma como você encara a vida e os obstáculos. Pessoas que insistem em ser vítima em tudo que é situação, crescem pensando que o mundo está contra ele, e que “assim fica complicado progredir”. Vamos começar por uma realidade bem simples: o mundo não lhe deve nada e o mundo não tá nem aí para você – ou seja é neutro. Então comece sempre partindo do pressuposto que você é que tem que fazer por merecer ter algo e que se não conseguiu de primeira, continue tentando, uma, duas, três, quatro, seja quantas vezes forem necessárias.

No final da minha palestra motivacional que ministrei aqui no Texas eu terminei citando a Diana Nyad, uma pessoa incrível. Se você não sabe quem é, vou lhe refrescar a mente: Diana foi aquela nadadora que tentou atravessar a nado de Cuba até a Flórida. Ela falhou (ou aprendeu como ela mesmo disse) quatro vezes, e aos 60 anos (isso mesmo 60) ela finalmente conseguiu a travessia na quinta tentativa.

Agora vejam só se Diana tivesse desistido achando que o mundo estava contra ela? Por que durante estas tentativas, ela passou por ocasiões quase que fatais, por pouco mesmo não morreu. Aí é que pensamos: por que uma mulher com 60 anos, cheia de recordes, com uma situação financeira estável, com tudo na vida e ainda quer se aventurar, correndo até risco de morte? Simples amigos e amigas: por que ela está viva e sente que ainda tem chance de alcançar algo que ainda não conseguiu.


Mas isso é o resultado de um “mindset” extremamente focado, Diana com certeza não cresceu sendo “a coitadinha”, cresceu com um mindset de “guerreira”, de alguém que se não tem algo, vai trabalhar e fazer o melhor possível para ter, e que se falhar vai encarar a falha como um aprendizado para tentar de novo, e de novo até conseguir. Uma pessoa que não conhece a derrota e está sempre no topo, muitas vezes é uma pessoa até mais frágil, pois quando perde fica sem chão. Quer exemplo melhor que a tragetória da Ronda no UFC? Ela mesmo disse que depois da derrota teve vontade de se matar. Por aí você tira a importância que é viver levando pancada, se levantando e batendo. São estas pancadas e principalmente a forma com que você vai se re-erguer após cada “cipuada” que leva que vai determinar seu futuro e suas conquistas.

A vida de coitadinho é complicada, pois o cara falha e já começa a pensar de quem foi a culpa (claro, nunca é dele – é do mundo), e com isso perde-se a credibilidade e você deixar usar tais derrotas como uma forma de aprender – resultado: vive fudido e reclamando da vida, e pior - enchendo o saco dos outros com esse mimimi. 

Quando subi no palco pela primeira vez para competir em um campeonato de fisiculturismo eu já tinha em mente alguns pontos: eu já era um vencedor independente do resultado, pois estava ali após 10 anos de obesidade e com 45KG a menos. Pronto, eu já construi minha própria vitória, agora era hora de aprender. Terminei em penúltimo e sai do palco sorrindo mais que o terceiro colocado. Mas também saí pensando no meu próximo objetivo, disse para mim mesmo: ano que vem quero uma medalha, quero estar entre os três primeiro. Em 2015 foi exatamente isso que ocorreu, segundo lugar na categoria Master aberta e terceiro lugar na categoria meio pesada. Agora se eu não tivesse tentando com medo? Ou se eu tivesse desistido após me ver em penúltimo e pensar que o mundo estava cotra mim? Bem...você já sabe o que teria ocorrido...pois é...nada.


Perdermos, perdemos e ganhamos, as vezes perdemos e ganhamos e as vezes só ganhamos, mas isso é a vida. Use as derrotas a seu favor, não procure alguém para culpar, antes de mais nada olhe para sí mesmo e veja aonde você errou e a partir dali comece a melhorar. Deixe o mindset de “coitadinho” de lado e comece a viver intensamente em busca dos seus objetivos.


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