sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Não me Traga Problemas, Traga-me Soluções

Quem nunca ouviu algo semelhante a isso vindo do seu patrão ou seu gerente de projetos, ou seu cliente? O que você faz como profissional? Você faz uma engenheria reversa para dissecar o problema, ver as possibilidades de resolver o problema e trazer a solução. Tenho muitos amigos da área de TI que são bons nisso e conseguem aplicar isso na prática na sua profissão. Porém, nem todos conseguem fazer isso na vida pessoal.

Quando o tema é “morar fora do Brasil”, minha pequena estatística baseada em conhecidos que trabalham na área de TI é que pelo menos 80% do pessoal que conheço quer de fato sair do Brasil para ir para o exterior procurando uma melhora na vida pessoal e profissional. Porém, destes 80% uma grande parte começa a frase dizendo: “Quero muito ir, mas....”. Pronto, sua derrota já começou a ser plantada. A desgraça do “mas” é nada mais nada menos que uma forma que você tem de lhe convencer que você quer “mas” agora não da. Não existe frase mais certa que: “Se é importante para você, acharás um caminho, se não, acharás uma desculpa”.

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Querer, sonhar, almejar, pensar, tudo isso fica na teoria se não houver um plano de ação com “deadlines” e que você seja seu próprio patrão e diga: não me traga problemas (neste caso um problema seria empregar o “mas”), me traga soluções (aqui é onde você transforma o “mas” em uma ação para vencer o obstáculo). Uma das coisas que considero uma verdadeira ofensa é o cara chegar e dizer: “você teve muita sorte”. Sorte? Eu chamo de planejamento e trabalho para fazer acontecer, e adivnha o que? Quanto mais eu planejo e trabalho para fazer acontecer mais essa tal de “sorte” aparece na minha vida. Então, se sorte é isso (trabalhar e fazer acontecer sem focar em desculpas), beleza, tenho sorte.

Eu já falei em outros posts aqui sobre morar fora do Brasil e uma grande parte de vocês já sabem sobre o assunto, mas pra mim não foi fácil pois ao contrário de muitos hoje em dia que tem algum tipo de experiência (nem que seja de férias) de ter ido no exterior (nem que tenha sido no Paraguai), eu saí de Fortaleza para vir para o Texas sem nunca ter ido mais longe que São Paulo. Estudei meu segundo grau inteiro em colégio público e inglês era meu ponto fraco. Mas, quando resolvi que queria ir embora do Brasil estabeleci um plano, e a primeira parte deste plano foi aprender inglês pelo menos para me comunicar. Estabeleci datas (entre 2001 e 2003 foquei em estudar inglês – pois a parte técnica era algo que já fazia no dia a dia do trabalho), e no final de 2003 fui embora. Agora você acha que quando vim eu era fluente? Longe disso, mas conseguia “arranhar” e fiz mais cursos de inglês quando cheguei. Esse é outro ponto importante: se você esperar a hora certa (que você se considere fluente) para poder vir, vixe.....tome tempo e no final isso vai ser o seu “mas”....mas não estou pronto, mas não sei falar direito, mas..mas..mas.

Se você quer de fato sair do Brasil, comece a criar seu plano de ação, coloque as datas limite que cada etapa deverá acontecer, faça o follow-up, cobre de si mesmo e mantenha-se focado em fazer acontecer. Apareceu problemas? Foque na resolução e não no uso do problema para lhe convencer que “não era a hora certa” ou que “é um sinal para mim não ir”....não viaja tanto na maionese tentando achar justificativas para não fazer, foque na resolução do problema e vai ver que os resultados vão aparecendo de forma natural.

Boa sorte e estou aqui para ajudar nesse processo caso precise!