sexta-feira, setembro 22, 2017

Valorize o que é Real

Exatamente hoje fazem quatro anos que meu Pai faleceu. Não vou mentir dizendo que sempre tivemos uma relação de “pai e filho”, ele saiu de casa eu tinha quatro anos, e tive uma adolecência complicada com ele. Mas nada melhor como o tempo para curar, amadurecer as pessoas e fazê-las refletir sobre as reais prioridades da vida. Quando meu pai faleceu ei tinha 38 anos, e acho que destes 38 vivi uns 15 anos de relacionamentomento estável com ele, os outros 23 foram feitos de altos e baixos.


Todo ano, nesta data, gosto de ir no meu correio eletrônico e procurar por emails dele, é uma forma de ler as palavras dele, e imaginar a voz dele dizendo aquelas palavras. Hoje ao rever alguns emails dele de 2008, 2009, entre outros, vi alguns emails que eram só para perguntar como eu estava, só para desabafar, só para saber como iam as coisas, etc, coisa de Pai mesmo, mas coisa que hoje em dia não tenho. O engraçado é que quando temos nossos Pais por perto, fazendo perguntas que as vezes parecem até ser óbvias ou “bestas”, ignoramos, rimos, ou deixamos para lá....afinal é Pai ou Mãe perguntando/falando. Ao mesmo tempo, quando algum amigo diz algo similar, aí você da atenção, acha o máximo que a pessoa se “lembrou” você...afinal é amigo(a). Pois é meu caro, depois que perdemos é que vamos entender o quanto aquela simples pergunta “besta” faz uma diferença, o quanto aquela demonstração de amor sem pedir nada em troca é importante. Aos 42 anos de idade, mais que nunca entendo o valor do amor incondicional dos Pais, pois acima de tudo sou Pai de duas meninas, e hoje sou eu que faço as perguntas “bestas”, ou demonstro o óbvio – que é o amor de Pai. É aquela risada besta do Pai quando o filho faz algo que nimguém acha engraçado, mas você acha o máximo, é o aplauso do Pai quando o filho alcança algo importante para ele, mas você nem entende o que ele tá falando – mesmo assim vibra com o sucesso dele.

Porém hoje em dia vejo que os valores ainda estão mais inversos ainda, a valorização, e a cultivação de herois virtuais tomou uma dimensão grandiosa, graças as redes sociais. Pessoas veneram alguém que nem conhece, seguem e vivem a vida de alguém que sequer sabe que ela (o seguidor) existe, pois para muitos: você é só mais um na multidão, só mais uma “curtida”, só mais um “seguidor”. Pessoas brigam com outras por causa de ideologia política, ropem amizades de anos simplesmente por que o amigo “curtiu” uma página que vai de encontro as opiniões da outra pessoa. Meu amigo, não tá fácil, na realidade tá FODA!

Não estou aqui dizendo que não devemos ter ídolos, pelo contrário, ter alguém para cultivar uma admiração é importante, até mesmo para usar as coisas boas daquela pessoa como parâmetro, almejar algo para sí que se espelhe no sucesso de outra pessoa, tudo isso é salutar. Mas as pessoas estão colocando isso acima do real, e vivendo em um mundo virtual onde os sentimentos são medidos pelos comentários, e a pela quantidade de curtidas. Que o relacionamento é forte até que alguém de “um clique” em uma página que contém algo que você não goste.

A amizade ficou mais vulnerável, pois ela é medida através de uma selfie com um amigo, tal selfie com sorrisos e bons momentos durou 5 segundos, depois cada um foi para seu lado, ou cada um baixou a cabeça e começou ao usar o fone novamente. Os momentos de horas de bate papo se foram, hoje a vida é definida em pequenos segundos. Por este motivo está tudo mais vulnerável, pois o sentimento real ficou de lado, e agora tudo vira imagem.

Neste reflexo de quatro anos sem um verdadeiro amigo, eu digo: o verdadeiro amigo faz falta pra caralho! Mas ficam os ensinamentos, e a certeza que tenho que ser melhor para minhas filhas, evitar os erros que meu Pai cometeu, e viver o real intensamente, dia após dia.

segunda-feira, setembro 18, 2017

Melhoramento Contínuo

Mês que vem (Outubro), comemoro 6 anos que dei o primeiro passo para transformação total, não só do ponto de vista físico, mas também (e principalmente) do ponto de vista de como conduzir minha vida. Muita gente fala em "mudar", não entendendo que mesmo que você não faça nada, você está mudando, pois você está evelhecendo, você está adquirindo experiência, você muda diariamente de uma forma ou de outra. Por isso a palavra mais certa é transformar, sair de um estágio da sua vida que não está lhe trazendo benefícios, para uma vida transformada, balanceada onde você consiga fazer tudo que gosta e manter-se saudável.


Para comemorar estes 6 anos, segue uma matéria do programa Esporte Unifor, que gravei a 2 meses atrás quando estive no Brasil. Nesta entrevista falo um pouco sobre tudo isso.




E para você que está na luta para "transformar", lembre-se que você tem o controle, faça acontecer por você e não para provar para nimguém que você consegue. Muitos falam que o maior prazer e fazer aquilo que duvidam que você faça, eu discordo, pois se a sua única motivação é provar para os outros que eles estão errados, então você não tem amor próprio, e não pensa na sua própria razão para chegar aonde quer. Por isso, tenha sempre um propósito maior, e vá atrás deste propósito dia após dia. E lembre-se: quando chegar onde quer, trace novos planos, pois somos criaturas em evolução, sempre buscando o melhoramento contínuo de nossas capacidades.

quarta-feira, agosto 09, 2017

O Mundo Virtual e seus Efeitos Colaterais

Agora que já fazem dois dias que cheguei do Brasil (após um mês por lá), decidi colocar neste texto algo que já vinha refletindo equanto estava lá. Esta ida para o Brasil depois de um ano e meio foi bem diferente, teve coisa boa, e coisa ruim. Mas ao invés de falar diretamente sobre estes dois pontos em uma visão direta, vou falar sobre comportamento.

Antes de ir ao Brasil, postei no meu Facebook sobre a ida, sobre os eventos que ia fazer, e tudo mais. Recebi WhatsApp de pessoas próximas, expressando a satisfação em poder me reencontrar, dizendo, prometendo um encontro, um bate papo. Cheguei a Fortaleza, e nada....chamei a pessoa para sair, a promessa foi feita, e no final, nada..não apareceu. Isso se repetiu em vários casos, não um, não dois, vásrios. Não estou aqui cobrando nada de nimguém, apenas estou fazendo uma análise mais profunda sobre "comportamento" no contexto de “prometer online que vai fazer, e na vida real não fazer”. 

Eu particularmente tenho um sério problema, se eu prometer, eu vou fazer, nem que me lasque. Isso é tão verdade que tinha prometido a visita a um grande amigo, não consegui fazer antes pois nossa agenda não batia, mas no sábado (um dia antes de voltar para casa), fui na casa dele (de Uber), fiquei lá 10 minutos (pois ele tinha compromisso) e voltei (de Uber de novo). Para mim, promessa é dívida, seja ela online ou cara a cara.

Bem, voltando a análise mais aprofundada sobre o tema, decidi pesquisar mais sobre o assunto e achei um estudo que mostra este gráfico abaixo:



Eu já tinha lido algo a respeito, mas sobre adolescentes, que eles preferem falar via text que pessoalmente, porém eu só de 1974, cresci falando cara a cara com amigos, e não achei que pessoas com a mesma idade (ou mais velha) que eu iriam se portar desta forma. Apesar disso ser uma tendência, temos um grande problema aí: não estamos tendo mais contato “face to face”, e as pessoas estão se acostumando com isso, achando que é normal. Uma boa parte das pessoas que disseram que iram se encontrar comigo, me elogiaram online, expressaram a felicidade em poder me rever (online), mas na vida real não mostraram o mesmo entusiasmo, ao ponto de sequer dar as caras. O que me põe a pessar que hoje em dia, ao anunciar online que vai se fazer algo já dar o mesmo prazer e sentimento que fazer na vida real. Tipo, tem gente que anunciar que vai palestrar daqui a dois meses, recebe vários elogios, se sente bem, e caso a palestra seja cancelada, aquela pessoa não se sente afetada, pois já ganhou os "louros" online. Sacou? Pois é.

Isso bate totalmente com alguns relatos de amigos com que tive o prazer de me encontrar, e ouvir deles: cara, agente só se vê uma vez por ano quando o Yuri está aqui, o resto do ano inteiro moramos na mesma cidade mas só nos falamos via WhatsApp. Simplesmente, WOW!!!

Ao passo que tive essa experiência não agradável com boa parte dos contatos do Facebook, tive uma excelente receptividade com o pessoal que conheci via LinkedIn, principalmente na noite de autógrafos no Rio

Noite de Autógrafos no Rio de Janeiro

Para você ter uma idéia, tive mais pessoas na noite de autógrafos no Rio de Janeiro, que na minha própria terrinha, Fortaleza (talvez a máxima de que santo de casa não faz milagres aplica-se aqui?). Mas o ponto não é quantidade, e sim qualidade, e tenho uma enorme gratidão aos que compareceram em Fortaleza, pois sei inclusive que alguns foram no sacrifício, como é o caso do Professor Marcus Fábio, que estava dando aula e levou a turma inteira durante o coffee break só para dizer um alô e tirar uma foto, isso chama-se: comprometimento com a palavra.

Professor Marcus Fábio (a minha direita) e a turma de Security+

Porém, minha surpresa maior ficou no interior do Ceará, como relatei neste blog, onte tive a oportunidade de conhecer pessoalmente várias pessoas que conheci online, e isso é o lado bom do mundo virtualizado, criar um elo virtual que um dia possa tornar-se real. No final das contas, não há NADA igual a comunicação frente a frente, olho no olho, ter a capacidade de falar e observar a linguagem corporal da outra pessoa ao receber a informação. Isso é viver de forma real!

Turma de Itapipica

Outro ponto alto foi poder conhecer toda equipe da Novaterra e Clávis Segurança, pessoas que já trabalho a 10 anos (no caso da Novaterra) e a 4 (no caso da Clavis) de forma online, mas nunca tinha tido a oportunidade de dar um aperto de mão. Para mim isso foi impagável, um momento único.

Equipe da Clavis Segurança na noite de autógrafos no Rio de Janeiro

Diretores da Editora Novaterra

A minha conclusão aqui são duas: 
  • Quando tiver a oportunidade de conhecer, ou rever, ou conversar cara a cara com alguém, faça! Pois neste mundo de hoje, nunca sabemos quando teremos outra oportunidade igual aquela.
  • Se prometeu algo a alguém, faça. Se não fez no dia que prometeu, corra atrás e faça outro dia, mas faça. Achar que é normal prometer e não entregar é um vício que muitas vezes começa em pequenas ações, e se leva até o mundo profissional.

É isso aí pessoal, curta o mundo virtual, mas não transforme-se em um rôbo.

segunda-feira, março 27, 2017

Eu Escolhi Ser Positivo

No meu blog anterior falei sobre o problema que temos hoje com tanta gente sendo negativa, e não medindo as palavras no mundo online. Expondo o lado mais sombrio do ser humano, pelo simples fato de achar que “tem seu direito de falar o que quer”. Bem, para este tipo de gente apenas desejo saúde, pois vão precisar muito, afinal este sentimento negativo não nos traz benefícios nenhum, principalmente no âmbito da saúde. Mas, vamos deixar essas mazelas de lado, vamos falar de algo legal!


Em um estudo feito pela psiquiatra e pesquisadora Barbara Fredrickson, da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA (publicado em 2008), ela revela o impacto do pensamento positivo no trabalho, na vida e na saúde. Durante o estudo ela concluiu que quando você pensa positivo, você visualiza mais opções na vida, ou seja, você expande seus horizonte para diversas possiblidades que você é capaz de conseguir. Essa capacidade de abrir a mente para outras opções é chamada de teoria “broaden and build”.

Uma outra conclusão deste estudo é justamente a resposta da pergunta: felicidade ou sucesso, o que vem primeiro? Muita gente usa o simples fato de dizer: quando eu alcançar isso eu estarei feliz. Note que neste caso o “alcançar” está ligado ao sucesso, ou seja, muita gente vê a felicidade como um efeito colateral do sucesso. Porém, não é bem assim! O que o estudo encontrou é que a felicidade na realidade é o precursor e o resultado do sucesso. Ou seja, ela vem antes, durante e depois. Eu pessoalmente posso dizer isso com propriedade, pois quando comecei minha jornada de perda de peso, eu encontrei a felicidade antes (o que me motivou a mudar), durante o processo (pois via o resultado) e depois de ter alcançado o objetivo. Cada uma tem um gosto diferente, mas no fim são sentimentos positivos que me ajudaram durante todo o processo.

Ser positivo também lhe ajuda a inspirar outras pessoas a alcançarem o melhor de si, e hoje eu tive uma prova disso. Ao ver o Instagram deste rapaz que perdeu 160 libras, eu o parabenizei pelo feito, e ele me respondeu:

“Muito obrigado Yuri. Eu venho seguindo você a um tempo já! Você me mostrou que eu poderia competir em fisiculturismo mesmo tendo a pele flacida depois de ter perdido peso.”

Para mim isso foi um dos melhores elogios que recebi, pois não foi fácil superar a pele flácida após perder peso, e subir no palco sabendo que tem pele um pouco pendurada é algo que mexe com a mente do cidadão. Porém, hoje vejo que a minha coragem não só me ajudou a continuar melhorando e seguindo minha jornada, mas também ajudou um jovem que queria competir e não estava seguro que poderia.

Na vida alguns desafios parecem impossíveis, até que alguém alcance, e você olha e diz: opa, essa pessoa fez, isso quer dizer que com empenho, dedicação e trabalho contínuo, é possível fazer. Mas este é o “mindset” de alguém positivo, pois a pessoa negativa vai imediatamente tentar desmerecer o feito da outra, dizendo coisas do tipo: “ah, ele conseguiu isso pois teve ajudar de A, ou B....ele conseguiu isso pois os pais são ricos....” Para a pessoa negativa é sempre mais fácil achar culpados que achar a solução e aplicar tal solução. Essa pessoa se derrota antes mesmo de tentar, e se tenta já tem uma desculpa para contar caso ela falhe.

Outro dia um amigo que mora na Inglaterra, que converso pouco com ele, conheci na época do TMG, pois ele era MVP de ISA Server, me chama no Facebook e escreve o texto abaixo: 


Ele ter me usado como exemplo para explicar ao colega dele como ele iria alcançar um cargo melhor na empresa é algo que para mim não tem preço. Pois sei que impactei positivamente a vida dele, agora ele sabe que é possível e ele vai trabalhar para chegar lá.

TODOS nós temos o PODER de impactar positivamente a vida de outra pessoa, porém antes de fazermos isso temos que aplicar a positividade na nossa própria vida. É o velho ditado: “lead by example” (lidere dando exemplo). O que adianta você tentar impactar a vida de alguém com positividade se a sua está repleta de aspectos negativos que nem você consegue controlar.

Seja melhor para você, para sua família, para seus amigos, e para os desconhecidos que vão lhe usar como exemplo.

Abraços! 

domingo, março 26, 2017

A Internet Revela a Verdadeira Face das Pessoas

Vamos começar este texto com essa charge do Dilbert, que cabe perfeitamente neste contexto:


Pois é pessoal, infelizmente a Internet revela o lado mais sombrio e idiota de muitas pessoas. Por trás de um comentário em anônimo, que não agrega absolutamente nada, e apenas faz uma crítica destrutiva, tem um ser humano frustrado, que não conseguiu o nível de sucesso alcançado pela pessoa que ele está criticando e precisa diminuir com palavras o trabalho daquela pessoa. Simplesmente uma triste realidade nos dias de hoje.

Você pode ir nestes sites como Globo, Uol, entre outros e comece a ler os comentários que as pessoas fazem a respeito de outras. É simplesmente nojento! Equanto existem dois comentários de suporte e apoio, existem dez que criticam, escrevem palavrões, tentam tirar o mérito da pessoa, em fim....uma cena ridícula.

O que faz uma pessoa perder seu tempo precioso (pois tempo é dinheiro) criticando outra que nem conhece, sem sequer se colocar no lugar dela? Por que é tão complicado aplaudir o que outra pessoa alcançou? Tem gente que teima em procurar o erro ao invés de olhar os acertos. Isso me lembra muito um gerente que eu tive que sempre que chegava a época de revisão de final de ano e eu trazia o relatório completo de tudo que tinha feito, ele olhava tudo na busca de um erro...mesmo que fosse irrelevante, mas ele sempre começava a reunião enfatizando aquele erro que ele achou. Falava sobre aquilo por uns 20 minutos (lembrando que o erro representava 5% do montante de 100%) e tirava 5 minutos para elogiar (o que representava 95% do montante de 100%).

Esse tipo de gerente não tem futuro, vai morrer sendo um gerente medíocre, que os funcionários que reportam para ele vão sair do time na primeira oportunidade. Note que não estou dizendo que não há margem para melhora, é claro que há, sempre existe. Mas, o papel do gerente é agir como um “coach” e guiar-lhe na melhora contínua, e para melhorar continuamente você precisa sentir-se valorizado, achar que está no caminho certo, receber críticas construtivas e com isso assimilar o fato que sempre há margem para melhoras.

Da mesma forma que existem gerentes como esse no mercado, também existem profissionais que simplesmente não aceitam que um colega de trabalho tenha mais sucesso que você. Ele te apoia até o dia que ele percebe que você está passando dele, aí ele vai começar a te sabotar, encontrar pequenos defeitos que ele vai transformar em algo grande para tentar provar que você não é esse profissional que parece ser.

Libertem-se destes sentimentos, se querem de fato crescer como profissionais, antes de mais nada lembre-se que ajudando outras pessoas e outros profissionais você está ajudando a si mesmo. Você está desenvolvendo skills que não tem curso ou treinamento que lhe prepare para isso. Se uma pessoa que você foi mentor durante um bom tempo tornou-se tão boa que passou de você, não fique chateado, pelo contrário, sinta-se orgulhoso e feliz por essa pessoa.

Comporte-se de forma educada online, se não tem nada legal para comentar, não comente nada. Não caia nessa de “vou sentar o farrapo pois estou no animato”, isso não agrega em nada, e a pessoa que recebeu o comentário anônimo vai simplesmente ignorar você, sorrir e achar que você é um despeitado que não merece atenção. Tem tantas formas de melhorar como pessoa e como profissional, perder tempo criticando os outros é a pior forma de você usar seu tempo.

Use seu tempo para construir e não para destruir!


quinta-feira, fevereiro 02, 2017

Sempre vão te criticar, seja você mesmo assim

Na realidade nos dias de hoje vai muito além da crítica, há cenários que as pessoas que nem lhe conhecem já partem para agressão com palavras. Muitas vezes isso ocorre devido a exposição em redes sociais, que infelizmente para muitos profissionais é algo necessário. Presença em LinkedIn e Twitter são primordias para profissionais de tecnologia, já o Facebook cai no relacionamento pessoal que algumas vezes pode ser usado para o profissional.

O que você clica, o que você curte, o sentimento que você expressa online é visto pela sua rede, e é a partir disso que as pessoas começam o julgamento. Fala-se muito em “diversidade” e menos “preconceito”, mas se você gosta de algo que não está dentro da agenda de um certo grupo, você já é tratado de forma diferente. Luta-se para o mundo sem rótulos, mas se você faz “isso”, você é rotulado “daquilo”. Para que exemplo maior que os tais apelidos criados no Brasil nos últimos anos “Coxinha” e “Mortadela”, não vou nem entrar no mérito político não, pois você já sabe do que se trata.

Aqui nos EUA é a mesma coisa, se você nao curte um post contra o Trump você imediatamente é visto como sendo a favor do Trump, e se for a favor do Trump você já é tachado de racista, intolerante, etc. E essa intolerância vem justamente dos que pregam a tolerância e diversidade. Por sorte, existem alguns (poucos) que admitem que esta forma de rotular as pessoas por não fazerem parte do seu “grupinho” é pura hipocrisia. O apresentador Jon Stewart (que é democrata e votou na Hillary) foi preciso quando disse as frases abaixo em uma entrevista logo após as eleições:

“Na comunidade liberal, você odeia a idéia de monolítico. Não olhe para os Mulçumanos como monolítico.” Neste momento ele se refere a questão de que nem todo mulçumano é terrorista. Ele continua:

“Mas todo mundo que votou no Trump é racista. Isso é hipocrisia.” Ele inclusive cita o exemplo do vizinho dele:

“Tem uns caras na minha vizinhança que eu amo, eu respeito,  que eu acho que tem qualidades incríveis, que não tem medo de Mexicanos, que não tem medo de Mulçumanos, mas que votaram no Trump por que estavam com medo do preço do plano de saúde continuar subindo.”

Fonte: a entrevista completa pode ser vista aqui.

Pois é, essa é a atitude e o comportamento das pessoas que usam a razão ao invés da emoção, pessoas que de fato incorporam a palavra tolerância e diversidade. Infelizmente pessoas como Jon são a minoria, pois a maioria prega a diversidade, mas desde que seja dentro dos parâmetros delas.

Infelizmente está cada vez mais complicado viver sem ser tachado de algo, se você trabalha muito, começando do zero (como foi o caso de pessoas como Steve Jobs, Bill Gates – que começaram em uma garagem) você é tachado de capitalista selvagem. Tanto Steve quanto Bill criaram um império que emprega milhões de pessoas diretamente e indiretamente, provavelmente criaram mais emprego que qualquer governo socialista, mas no mês passado quando saiu a lista dos homens mais ricos do mundo e dizendo que eles controlam a maior riqueza do mundo, você houve comentário como: esse é o problema do mundo, só estes são ricos! Sério mesmo? Quer dizer que a vitória deles também não transformou (para melhor) a vida de muita gente? Eu mesmo tenho uma eterna gratidão pelo Bill Gates, sem ele eu não seria o que sou hoje, tudo que tenho hoje é fruto do trabalho que venho fazendo no mercado Microsoft desde os meus 18 anos de idade, ou seja, a 24 anos tirando proveito deste ecosistema criado por Bill.

Por isso que eu digo: fazendo certo, certíssimo, ou super correto, sempre, SEMPRE vão te criticar, e você precisa continuar buscando o melhor com ética e trabalho dia após dia. Seja você, não vire algo para agradar a multidão, não precisa ir no bonde de onde a maioria está indo só para “aparecer legal”, tenha personalidade para continuar sua própria jornada.


Sabe o conto do Sapinho surdo? Não, pois é, assista o vídeo abaixo (em inglês) e entenderá. Observe a mensagem final e acima de tudo: SEJA FELIZ! 


terça-feira, janeiro 03, 2017

Atributos da Mentalidade do Crescimento

O tema da palestra que ministrei em Dezembro do ano passado para um grupo de estudantes no Brasil foi: mentalidade do crescimento. A palestra teve como base o livro Mindset: The New Psychology of Success. Esse livro foi adotado pela Microsoft, recomendado pelo Bill Gates e vem trazendo excelente resultados nos indíviduos que venho mentorando no trabalho. Você pode ter uma mentalidade “fixa” ou uma mentalidade de crescimento, exemplos:

·        Mentalidade fixa
o   Sucesso vem normalmente
o   Foco no resultado final
o   Inteligência é algo fixo

·        Mentalidade do crescimento
o   Sucesso é fruto de trabalho duro e consistente
o   Foco no crescimento através da prática
o   Inteligência é algo que pode ser desenvolvido

Saber identificar qual o seu tipo de mindset suma importância para seu sucesso e para o auto melhoramento. O fato é que todos iremos em algum momento da vida passar por momentos turbulentos, com adversidades, obstáculos, teremos decepções, vamos passar por momentos difícieis e iremos cometer erros. Porém, o que vai determinar seu SUCESSO no final de tudo isso é a forma que VOCÊ reage a estes eventos. Sua MENTALIDADE e seu nível de RESILIÊNCIA vão determinar como você vai passar por tudo isso e continuar sua caminhada.

Um outro atributo da mente do crescimento é não ter medo de falhar, falhas são importantes, desde que você aprenda com elas. Você fez algo e não deu certo, agora aprenda com a sua falha (esse passo é muito importante) e faça de novo, mitigando as possíveis situações que lhe levaram a falhar na primeira vez. Na maioria das vezes as pessoas que tem medo de falhar são mais sucetíveis a ficarem desistimuladas com o que os outros pensam, ou dizem. Isso precisa ser trabalhado para que você consiga de fato ter uma mentalidade do crescimento. Na palestra usei os seguintes indivíduos como exemplo:


Agora vejamos o que há de comum entre eles quando os mesmos estavam ainda no começo de suas vidas profissionais:
  •         Einstein: o professor dele disse que ele era academicamente abaixo da média.
  •         Michael Jordan: o treinador dele disse que ele não tinha talento.
  •         Walt Disney: ao tentar entrar no mercado, disseram que ele não tinha criatividade ou imaginação.

Todas estas críticas foram ditas no começo da carreira, naquele momento que o profissional está tentando se estabelecer. Agora veja, se eles não tivessem a mentalidade do crescimento o que eles iriam fazer? Provavelmente ficar “desestimulados” e desistir, mas não, eles ouviram e procuraram trabalhar para melhorar. É JUSTAMENTE ISSO!!! Nós somos uma máquina em constante evolução, vamos receber críticas e precisamos fazer a nossa auto-avaliação para identificar onde estamos errando e melhorar.

Sem a mente do crescimento estamos indo em direção a um “mindset” onde todos querem uma medalha de participação, não existe esforço para ganhar, não existe esforço para melhorar ou para crescer como pessoa ou profissional (geração mimimi? Exato!).

Se você quer de fato fazer algo para você em 2017, procure evoluir seu “mindset” e trabalhe diariamente para isso. Não receba críticas como “coitadinho”, reaja de forma positiva, procurando melhorar. E outra, saia da fase de planejamento!! Planejar é importante, mas planejar sem executar não leva a nada. Execução consistente e precisa do planejamento é o que leva a resultados reais.

Um 2017 repleto de aprendizado e conquistas para todos!