Este final
de semana finalmente assisti ao filme Steve Jobs, com Michael Fassbender.
Diferente do filme Jobs com Ashton Kutcher, esse foi um filme que expôs mais os "podres" do Steve Jobs, principalmente como Pai da sua primeira filha Lisa (que
foi extremamente renagada no começo). Mas também tem um trecho bem interessante
onde Steve Woz diz: você nunca criou um código, você não é engenheiro, você não
é Designer, mas você sempre ganha o crédito.”....muito adoradores do Jobs
ficaram estarrecidos com isso, mas Woz confirmou isso várias vezes. O que
mostra que Jobs era um visionário e também um grande Marketeiro, que fez o
lançamento do Next sem sequer ter um sistema operacional pronto, que vendia o
que não tinha e prometia o que não existia. Mas, tudo dava certo no fim e para
o mercado é isso que importa.
Mas meu
post não é para falar de Steve Jobs, o mito da Apple e sim para falar da importância
do Pai na vida de uma pessoa. Durante o filme Steve mostrou ter uma fraqueza
muito grande com relacionamentos intensos, afinal ele foi abandonado pelos Pais
e como ele mesmo disse para a filha dele no final do filme: I was poorly made (Eu fui pobremente feito).
Essa foi a forma que ele justificou os erros de Pai para com ela, e eu entendo
perfeitamente. Uma pessoa que não tem a base familiar boa pode ter um grande
futuro (Jobs é a prova disso), mas aquela lacuna que nunca foi preenchida vai
lhe morder lá na frente. E foi o que aconteceu com ele, no momento de
desempenhar o maior papel da carreira dele, ele foi um coadjuvante.
Por
concidência hoje estava lendo este artigo que fala um pouco sobre isso. Neste
artigo, escrito pela psicóloga Betty Monteiro, ela diz:
“Por isso, é necessário que o pai não esteja
apenas fisicamente presente, mas que contribua para a educação e a formação dos
filhos, e não seja indiferente ao desenvolvimento deles. Quando uma criança se
sente rejeitada pelo pai, ou não se sente que é desejada como um filho, pode
ficar frustrada, insegura e ansiosa. Já quando o filho se sente querido, a
sensação de bem-estar é muito maior e isso é essencial para o desenvolvimento emocional.”
Coloco em
negrito o desenvolvimento emocional pois isso é fundamental para uma
criança crescer bem e tornar-se um adulto que possa expressar seus sentimentos
e dar valor aos relacionamentos. Quando meu Pai saiu de casa eu tinha quatro
anos, não tenho nenhuma memória do meu Pai dentro de casa, levando uma vida
normal. Quando penso nessa época só me lembro dele indo me buscar em algumas
datas pra passear, para ir em um jogo de futebol, etc. Cresci com um
relacionamento super conturbado com ele, e de fato só ficamos amigos mesmo
depois de velho, depois do meu segundo casamento é que encontramos a
estabilidade. É uma pena, pois vivi poucos momentos com ele, porém, ao invés de
tentar achar culpados por erros do passado, prefiro absolver todo este
ensinamento (do que se deve e não deve fazer) e procurar ser um Pai melhor para
minhas filhas.
Hoje me
sinto realizado no trabalho, na vida pessoal, mas esta realização nem sequer se
compara com a felicidade de ser Pai e participar de tudo. Desde momentos
simples em casa, até grandes momentos para elas. Por isso amigo, se você é Pai,
ou pretende ser, saiba que não haverá maior papel na sua vida (e não interessa
qual seu cargo, status social, nada) que o de ser Pai.
Por fim,
recomendo a leitura do blog de uns amigos meus que traz muita dica e textos
bons sobre o assunto. Acesse http://www.depaiparafilho.com/
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