segunda-feira, abril 04, 2016

Não seja coadjuvante no maior papel da sua vida

Este final de semana finalmente assisti ao filme Steve Jobs, com Michael Fassbender. Diferente do filme Jobs com Ashton Kutcher, esse foi um filme que expôs mais os "podres" do Steve Jobs, principalmente como Pai da sua primeira filha Lisa (que foi extremamente renagada no começo). Mas também tem um trecho bem interessante onde Steve Woz diz: você nunca criou um código, você não é engenheiro, você não é Designer, mas você sempre ganha o crédito.”....muito adoradores do Jobs ficaram estarrecidos com isso, mas Woz confirmou isso várias vezes. O que mostra que Jobs era um visionário e também um grande Marketeiro, que fez o lançamento do Next sem sequer ter um sistema operacional pronto, que vendia o que não tinha e prometia o que não existia. Mas, tudo dava certo no fim e para o mercado é isso que importa.

Mas meu post não é para falar de Steve Jobs, o mito da Apple e sim para falar da importância do Pai na vida de uma pessoa. Durante o filme Steve mostrou ter uma fraqueza muito grande com relacionamentos intensos, afinal ele foi abandonado pelos Pais e como ele mesmo disse para a filha dele no final do filme: I was poorly made (Eu fui pobremente feito). Essa foi a forma que ele justificou os erros de Pai para com ela, e eu entendo perfeitamente. Uma pessoa que não tem a base familiar boa pode ter um grande futuro (Jobs é a prova disso), mas aquela lacuna que nunca foi preenchida vai lhe morder lá na frente. E foi o que aconteceu com ele, no momento de desempenhar o maior papel da carreira dele, ele foi um coadjuvante.

Por concidência hoje estava lendo este artigo que fala um pouco sobre isso. Neste artigo, escrito pela psicóloga Betty Monteiro, ela diz:

“Por isso, é necessário que o pai não esteja apenas fisicamente presente, mas que contribua para a educação e a formação dos filhos, e não seja indiferente ao desenvolvimento deles. Quando uma criança se sente rejeitada pelo pai, ou não se sente que é desejada como um filho, pode ficar frustrada, insegura e ansiosa. Já quando o filho se sente querido, a sensação de bem-estar é muito maior e isso é essencial para o desenvolvimento emocional.”

Coloco em negrito o desenvolvimento emocional pois isso é fundamental para uma criança crescer bem e tornar-se um adulto que possa expressar seus sentimentos e dar valor aos relacionamentos. Quando meu Pai saiu de casa eu tinha quatro anos, não tenho nenhuma memória do meu Pai dentro de casa, levando uma vida normal. Quando penso nessa época só me lembro dele indo me buscar em algumas datas pra passear, para ir em um jogo de futebol, etc. Cresci com um relacionamento super conturbado com ele, e de fato só ficamos amigos mesmo depois de velho, depois do meu segundo casamento é que encontramos a estabilidade. É uma pena, pois vivi poucos momentos com ele, porém, ao invés de tentar achar culpados por erros do passado, prefiro absolver todo este ensinamento (do que se deve e não deve fazer) e procurar ser um Pai melhor para minhas filhas.


Família: a base de tudo

Hoje me sinto realizado no trabalho, na vida pessoal, mas esta realização nem sequer se compara com a felicidade de ser Pai e participar de tudo. Desde momentos simples em casa, até grandes momentos para elas. Por isso amigo, se você é Pai, ou pretende ser, saiba que não haverá maior papel na sua vida (e não interessa qual seu cargo, status social, nada) que o de ser Pai.


Por fim, recomendo a leitura do blog de uns amigos meus que traz muita dica e textos bons sobre o assunto. Acesse http://www.depaiparafilho.com/

Nenhum comentário: