sábado, maio 28, 2016

Mas também….

O crime que revoltou o Brasil na semana passada não é algo anormal, na realidade a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Porém, o fato barbárico de terem sido 33 animais que se vangloriaram em rede social do ato cometido trouxe a tona o assunto que jamais deveria sequer ser esquecido. Este assunto também trouxe a tona os comentários sarcásticos de quem ainda acha que a culpa é da vítima e por isso o meu post está sendo entitulado “mas também”.

A lógica de quem coloca a culpa na vítima (seja qual for o caso) é a seguinte:

  • O cidadão trabalha, estuda e sempre galga ter algo melhor nada vida. Poder oferecer conforto para sua família e curtir o RESULTADO do trabalho. O cidadão compra um carro bom, uma boa casa, se veste com as roupas que ele gosta e ao ir passear em um local público é assaltado. Levam relógio, celular, tênis de marca, etc. 
    • A lógica do “mas também” vem e diz: mas também, fica esbanjando riqueza, andando com relógio bom e passeando com carrão, taí, se lascou.
  • A garota usa uma saia mais curta (pois gosta), ela coloca fotos na rede social mostrando seus atributos que foram fruto de treino, boa alimentação (ou simplesmente genética). A garota é estuprada.
    • A lógica do “mas também” vem e diz: mas também, fica se exibindo com essa microsaia, tá pedindo para ser assediada. Taí, bem feito.
  • O cidadão tenta usar do seu direito de liberdade de expressão, vai para faculdade com a camisa de um candidato. Chegando nesta universidade que é um redulto da ideologia contrária ao candidato, começa a repudiar o cidadão, falando palavrões e até chegando a agredir físicamente.
    • A lógica do “mas também” vem e diz: mas também, vai para universidade vestindo essa roupa de facista, tem mais é que se fuder mesmo. 
Nestes três exemplos há uma coisa em comum: a intolerância. Se você concorda com o exemplo dois mais acha que os exemplos um e três são merecidos, então você é parte sumária do problema. É muito fácil sermos tolerante com o que concordamos e acreditamos, mas se queremos diversidade precisamos olhar para todos os lados e RESPEITAR a todos.

Em Fevereiro e Março fui para dois shows do Iron Maiden, em Fevereiro em Tulsa, Oklahoma e em Março em Tacoma, Washington. Nestes dois shows tinha representantes de Igrejas Batista com um cartaz imenso dizendo “Jesus Salva” e pessoas pregando na fila, para a multidão de preto. Sabe o que aconteceu com estes crentes? Nada. Sabe o que os “Metaleiros” fizeram? Nada. Simplesmente ignoraram e alguns até chegavam perto e batiam foto com a pessoa. Isso chama-se tolerência e respeito. Mas no Brasil, se isso ocorre, alguém vai lá e mete o sarrafo no cara, e aí vem a turma do “mas também” e diz: mas também, fica pregando Jesus no meio de um monte de metaleiro, taí bem feito.

Pois é, se você pensa assim: VOCÊ É PARTE DO PROBLEMA!!!

É muito bonitinho se revoltar, trocar foto de perfil no Facebook, quando a coisa atinge diretamente agente, mas a pergunta que fica é: no dia a dia, você usa a lógica do “mas também”? Não adianta vir para mim e dizer que é uma questão cultural ou de tradição, nem tudo que é cultural e feito a anos é correto (vide o meme abaixo).

TRADIÇÃO - Só por que você sempre fez desta forma, não significa dizer que você não é incrivelmente estúpido.

Vejo pessoas que tem dois carros (um bom e um lascado) para poder viver sem ser assaltado. Pois no dia a dia usa o carro fudido e somente em algumas situações usa o carro bom.  Isso foram um dos motivos que me levaram a sair do Brasil a 13 anos atrás, a impossibilidade de usufruir do fruto do meu trabalho, pois sempre vivia com medo de ser assaltado e sempre me neguei a ser um seguidor da cultura do “mas também”.

Por fim vamos deixar bem claro: a vítima não tem culpa. Nos três casos acima, os que sofreram com a intolerância da sociedade são vítimas e ponto final.

terça-feira, maio 24, 2016

Cuide bem do seu Cortisol

O famigerado Cortisol, também conhecido como o hormônio do stress não necessariamente precisa ser o vilão da sua vida, porém se você ignorá-lo, ele será. Desde que mudei meu estilo de vida em Outubro de 2011 (inclusive amanhã fazem extamente quatro anos que escrevi meu primeiro post sobre esta mudança) eu tenho observado de perto este hormônio nos meus exames. Em 2012 quando fiz a primeira bateria completa antes de entrar na mudança de vida, este cortisol estava ridiculamente alto, que refletia diretamente no meu comportamento. Sim, pois o cortisol tem um papel direto no seu comportamento (ver este estudo da Universidade Concordia).

Os anos foram se passando e com à atividade física e boa alimentação eles foram voltando ao normal, apesar de não estarem perfeito. Porém, foi em 2015 que meu nível alcançou o maior ápice de perfeição, fazendo com que meu médico olhasse para mim e perguntasse: rapaz, seu resultado aqui é de uma pessoa “stress free” e estou curioso para saber o que você fez para chegar neste nível, pois sei que trabalha com tecnologia e isso por si só já é algo que pode ser stressante. Olhei para ele sorrindo e disse: Doutor, minha filha mais nova esta tocando bateria e todos os dias depois do expediente agente pratica junto, estuda a música junto e damos muitas risadas. Ele olhou para mim e disse: that’s it (é isso)!


Diversificar é de suma importância para sua saúde, sair de um cenário onde você está imerso em problemas para resolver, pesquisas para fazer e respostas para fornecer para um cenário onde você apenas se diverte é quase que uma medidação. Para alguns este momento zem vem através de uma corrida a noite, uma ida para academia, etc. Como eu faço minhas atividades físicas pela manhã, a noite eu preciso de algo que “reinicie” minhas idéias e que me faça esquecer de qualquer problema do dia, resposta: música.

Mês passado assisti uma palestra de um PhD em exercício físico onde ele falou exatamente isso: “muito fisiculturista chega para mim reclamando dizendo que não está vendo progresso, come bem, treina bem, dorme bem e não vê resultado – minha primeira pergunta é: como está seu nível de cortisol?”...ficou claro através dos dados científicos que ele mostrou que um alto nível de cortisol vai ter impacto direto (e negativo) na sua recuperação muscular, ou seja, você pode estar fazendo tudo certinho, mas se os níveis de cortisol estiverem altos, não vai ter o resultado que poderia estar tendo. 


Alguns efeitos colaterais do cortisol alto incluem:
  • Aumento do número gordura (fat deposit)
  • Redução do libido
  • Desejo incontrável por caiboidratos
  • Alto teor de açucar no sangue
  • Hipertensão
  • Baixa imunidade


Ou seja, é de lascar né mah?! Algumas coisas básicas podem ser feitas para reduzir a probabilidade de aumento do cortisol, como por exemplo: parar de ficar discutindo online sobre política (é sério mesmo)! Já teve estudo feito em adolescentes que mostraram que só o fato de ter uma rede grande de amigos online aumenta o nível de cortisol. Gerenciar este hormônio é super importante, e evitar discussões que só vão lhe trazer dor de cabeça é uma forma (free) de ajudar neste gerencimento. Eu venho tentando me controlar cada vez mais, pois na situação atual do Brasil, estou vendo muito mais uma auto-destruição que uma evolução. Vejo lado A torcendo contra lado B e vice-versa, e quem pede com isso é o Brasil. Mas, isso é papo para outro post, até mesmo por que tocar nesse assunto eleva meus níveis de cortisol e disso eu não preciso.

Te cuida!

segunda-feira, maio 23, 2016

Os Malefícios de Viver como Coitadinho

Se tem uma coisa que pode atrapalhar seu progresso de vida é a sua mente, a forma como você encara a vida e os obstáculos. Pessoas que insistem em ser vítima em tudo que é situação, crescem pensando que o mundo está contra ele, e que “assim fica complicado progredir”. Vamos começar por uma realidade bem simples: o mundo não lhe deve nada e o mundo não tá nem aí para você – ou seja é neutro. Então comece sempre partindo do pressuposto que você é que tem que fazer por merecer ter algo e que se não conseguiu de primeira, continue tentando, uma, duas, três, quatro, seja quantas vezes forem necessárias.

No final da minha palestra motivacional que ministrei aqui no Texas eu terminei citando a Diana Nyad, uma pessoa incrível. Se você não sabe quem é, vou lhe refrescar a mente: Diana foi aquela nadadora que tentou atravessar a nado de Cuba até a Flórida. Ela falhou (ou aprendeu como ela mesmo disse) quatro vezes, e aos 60 anos (isso mesmo 60) ela finalmente conseguiu a travessia na quinta tentativa.

Agora vejam só se Diana tivesse desistido achando que o mundo estava contra ela? Por que durante estas tentativas, ela passou por ocasiões quase que fatais, por pouco mesmo não morreu. Aí é que pensamos: por que uma mulher com 60 anos, cheia de recordes, com uma situação financeira estável, com tudo na vida e ainda quer se aventurar, correndo até risco de morte? Simples amigos e amigas: por que ela está viva e sente que ainda tem chance de alcançar algo que ainda não conseguiu.


Mas isso é o resultado de um “mindset” extremamente focado, Diana com certeza não cresceu sendo “a coitadinha”, cresceu com um mindset de “guerreira”, de alguém que se não tem algo, vai trabalhar e fazer o melhor possível para ter, e que se falhar vai encarar a falha como um aprendizado para tentar de novo, e de novo até conseguir. Uma pessoa que não conhece a derrota e está sempre no topo, muitas vezes é uma pessoa até mais frágil, pois quando perde fica sem chão. Quer exemplo melhor que a tragetória da Ronda no UFC? Ela mesmo disse que depois da derrota teve vontade de se matar. Por aí você tira a importância que é viver levando pancada, se levantando e batendo. São estas pancadas e principalmente a forma com que você vai se re-erguer após cada “cipuada” que leva que vai determinar seu futuro e suas conquistas.

A vida de coitadinho é complicada, pois o cara falha e já começa a pensar de quem foi a culpa (claro, nunca é dele – é do mundo), e com isso perde-se a credibilidade e você deixar usar tais derrotas como uma forma de aprender – resultado: vive fudido e reclamando da vida, e pior - enchendo o saco dos outros com esse mimimi. 

Quando subi no palco pela primeira vez para competir em um campeonato de fisiculturismo eu já tinha em mente alguns pontos: eu já era um vencedor independente do resultado, pois estava ali após 10 anos de obesidade e com 45KG a menos. Pronto, eu já construi minha própria vitória, agora era hora de aprender. Terminei em penúltimo e sai do palco sorrindo mais que o terceiro colocado. Mas também saí pensando no meu próximo objetivo, disse para mim mesmo: ano que vem quero uma medalha, quero estar entre os três primeiro. Em 2015 foi exatamente isso que ocorreu, segundo lugar na categoria Master aberta e terceiro lugar na categoria meio pesada. Agora se eu não tivesse tentando com medo? Ou se eu tivesse desistido após me ver em penúltimo e pensar que o mundo estava cotra mim? Bem...você já sabe o que teria ocorrido...pois é...nada.


Perdermos, perdemos e ganhamos, as vezes perdemos e ganhamos e as vezes só ganhamos, mas isso é a vida. Use as derrotas a seu favor, não procure alguém para culpar, antes de mais nada olhe para sí mesmo e veja aonde você errou e a partir dali comece a melhorar. Deixe o mindset de “coitadinho” de lado e comece a viver intensamente em busca dos seus objetivos.


quarta-feira, maio 18, 2016

A Importância de ter uma referência

Tudo na vida é uma questão de referência, o que é quase nada para alguns é uma fortuna para outros. Ano passado antes de ir para o Brasil no mês de Dezembro (depois de 12 anos sem estar lá durante o Natal) eu resolvi comprar uns presentes para umas crianças do Lar Amigo de Jesus. Queria usar esta data especial para presentear estas crianças (algumas em fase de tratamento de câncer). Ainda aqui no Texas, fui com minha esposa comprar estes presentes para 50 crianças. As vezes durante a escolha do presente eu pensava: mas isso aqui, não é nada, será que vão gostar? Pois como eram muitas crianças, eu tinha que alinhar meu orçamento para conseguir algo semelhante para todas. Pois bem, um dos presentes que comprei que achei que não fosse dar em nada, foi o que trouxe mais sorriso para estas crianças, olha a carinha de felicidades delas com estas canetas:


Foi neste dia que esta questão da referência fez total sentido para mim, mais ainda. A cada presente que eu entregava e via tal alegria eu pensava sobre isso, e aí estou eu, de Papai Noel com mais uma criança que fez meu dia mais feliz:


As referências são importantes para tudo na vida. Quando comecei a trabalhar com informática em 1993 a minha referência era um programador que tinha no meu departamento, o cara fazia programa....puta merda, aquilo era o “cão” (era tu mesmo Leite Jr.), afinal, eu só sabia usar o MS-DOS 5.5, Quatro Pro, WordStar e o Fácil. O tempo foi passando, eu fui evoluindo e ao entrar na SW Informática, o Serra (dono da empresa) virou meu amigo e tornou-se minha maior referência no saber e no caráter. A cada emprego que passava eu sempre buscava uma referência, pois aquilo me fazia evoluir como profissional. Muita gente hoje em dia se acha tão “bala” que SÓ usa como referência o “Bill Gates” (o que não há nada de errado), mas é sério que você acha que seu próximo passo vai ser virar o próximo Bill Gates? Peraí mah, naixa a bola “mininum”, vai com calma. Você pode sim ter estes ícones como referência macro, mas é importante também ter alguém no seu ciclo de amigos como referência, alguém que possa lhe mentorar e lhe ajudar à crescer.

Essa semana fui surpreendido (se você estiver lendo este post vai saber que me ligou) por uma ligação interna no Skype de trabalho da Microsoft. Um rapaz, com sotaque da terrinha me ligou e disse: cara, tudo bem? Você não vai lembrar de mim, mas fui seu aluno na LanLink no curso de NT em 1999. Macho lembro não, me desculpe...rimos e ele me contou tudo e disse: sempre usei você como referência e hoje estou aqui trabalhando na Microsoft, queria te agradecer por isso. Poxa cara, aquilo ali fui bom demais, pois o que foi plantado em 1999 foi alcançado, eu eu fiquei super feliz por ele.

Tenho 10 anos de Microsoft e todo ano para mim é um novo desafio, pois sempre tenho que fazer algo melhor que no ano anterior, e para isso eu preciso de referências, preciso continuar evoluindo, a cada ano novas parcerias e as que estão dando certo, devem ir para o próximo nível. No fisiculturismo tenho minhas referências: o ícone Arnold Schwarzenegger – não só pelo físico alcançado no seu auge, mas por que foi um imigrante, alguém que chegou sem sequer falar inglês direito e teve sucesso em três áreas distintas: fisiculturismo, política (governador duas vezes) e cinema, você pode não gostar dele, mas não tem como negar que o cara é FODA, pois alcançar tudo que ele alcançou não é para qualquer zé ruela. E claro tenho referências mais próximas, competidores locais que me ensinam, com quem aprendo no dia a dia e que me mostram o “next step”.

Portanto amigos, não pense que ter uma referência é “humilhante” ou coisa de “principante”, na realidade é coisa de pessas que são humildes suficientes para admitir que não sabem tudo e precisam de ajuda para alcançar mais – move to the next level.

domingo, maio 15, 2016

Falar é fácil, executar constantemente com sucesso é outra coisa

Uma “profissão” que vem crescendo muito hoje em dia é “coach” (que nada mais é que um treinador), mas agora é mais voltado para “treinador motivacional” (motivational coach) ou “treinador de vida” (life coach). Ao ponto que vejo valor nesta profissão, é de suma importância você saber escolher bem quem vai ouvir. Uma coisa é você ouvir um cara de 50 anos que alcançou várias coisas na vida, transformou a vida de muita gente e tem experiência acumulada pelos anos fazendo isso, e outra é você ouvir um cara de 20 anos, que fez um curso de “coach” e já está se achando o salvador da pátria com respostas para todas suas perguntas. Calma, muita calma nessa hora.

Hoje em dia quando você vai num nutricionista e ele ou ela é gordo(a) (alto grau de gordura corporal) e ele olha pra ti e diz: você está acima do peso, isso é ruim para sua saúde, vou lhe passar uma dieta para você melhorar. A primeira coisa que você pensa é: arriégua macho, por que tu não segue tua própria dieta. Hoje em dia não há espaço para “teoria” apenas, você tem que aplicar o que vende e ponto final. Isso é aplicável em tudo, não só na área de saúde mas na área de tecnologia também, assim como em todas as áreas.

Por isso não acredito em “produtos” que vendem “bem estar”, por exemplo: você conhece alguém com alto grau de gordura corporal que já tentou lhe vender um produto que diz que vai te ajudar a emagrecer? Eu conheço vários. E meu amigo, não adianta ter ciência, não adianta mostrar estudo se o seu vendedor parece mais um vendedor de cerveja com aquele bucho quebrado. Muita gente já me contactou para pedir dicas para emagrecer, para passar série de academia, e até me propós pagamento para que eu treinasse a pessoa...por que sempre digo não? Simples: eu não sou um profissional qualificado para isso. Eu posso mostrar o caminho das pedras, te dizer para onde ir, mas você vai precisar de um nutricionista para lhe acompanhar por esse caminho, você vai precisar de um treinador de verdade para lhe guiar nos exercícios.




Quando escrevi o o livro “Alcançe seu Melhor” com uma fisiculturista profissional, eu me confiei nela para dar as dicas de nutrição e treino, pois apesar de saber o que funciona para mim, eu não acho responsável da minha parte lhe dar uma dica sem ter a qualificação necessária. Eu acredito muito no papel da qualificação técnica, saber os porques das coisas, e ter uma entidade que lhe certificou para isso.




Recentemente meu ex treinador, amigo e dono da Destination me chamou para ser um “Motivational Coach” para a turma que está fazendo o “Transformation Challenge 2”, meu papel é simples: motivar baseado no que eu aprendi na minha jornada de perder peso. Eu aceitei na hora, pelo simples fato de que ali estou apenas compartilhando minha experiência no trajeto de perder peso e tem treinadores qualificados para ajudar as pessoas no processo nutritivo e de treinamento cardiovascular/pesos.

Fique muito atento pessoal, com essa geração de “life coach” que nunca alcançou nada considerável, não tem experiência e tem apenas um curso com um diploma. É possível aprender técnicas de Life Coaching, mas NADA, absolutamente NADA substitui a experiência e mais importante o sucesso pessoal que aquela pessoa tem ano após ano. Até mesmo porque fazer algo grande que lhe dê um sucesso temporário é fácil, quero ver manter o sucesso constantemente durante anos e anos executando exatamente o que você prega. Isso sim, é o que da credibilidade para alguém ser um life coaching.

segunda-feira, maio 09, 2016

Quando subtrair vira adição

Não é de hoje que sabemos que o nosso ambiente, os amigos, os relacionamentos, os contatos e tudo ao nosso redor tem uma influência positiva ou negativa em nossa vida. Em um artigo publicado no Personality and Social Psychology Review, é mostrado que amigos podem inclusive afetar nossa saúde. Quando você fuma e todos seus amigos fumam, é quase que automático que ao entrar naquele ambiente você vai fumar e com isso parar de fumar vai se tornar mais difícil ainda. Mesma coisa ocorre para outros vícios, como alcool. Mas isso não tira nossa parcela de culpa, por mais que o ambiente ajude a formar nosso perfil, é possível quebrar barreiras e ser totalmente diferente do ambiente, ser único e não se deixar se influenciar. Claro, isso requer um controle pessoal, um “drive” e uma perseverança maior que a normal, pois caso não tenha é mais fácil se deixar influenciar por outros.

Eu sempre converso com minha filha mais velha sobre vários assuntos, e um deles é sobre drogas. Tento alertar muito a ela que isso pode ser um camiho sem volta. Ela me conta relatos de amigos dela que entraram nesse mundo por “peer pressure” (como eles chamam aqui a pressão dos amigos para dar aquela esperimentada). E eu disse para ela: olha, eu andei com muitos amigos drogados, e tive peer pressure, mas sempre me preservei quanto a isso pois sabia do risco e a partir do momento que eu me firmei e disse que não queria, não houve mais pressure, pois fiquei sendo o “careta” e ponto final. Muitos destes amigos da época hoje estão em estado de derrota total, e o careta que deixou pra lá está bem.

Porém, não precisamos ir tão extremo (drogas) para saber a hora de começar a subtrair algumas amizades. E isso é fato principalmente hoje em dia que estamos sempre conectados, compartilhando e conversando online. Nesse mundo online se vê muita, mais muita “marmota” e de pessoas que você “aparentemente” conhece. Tem gente que tem um “franiquinho” tão grande para criticar, que se o cara postar uma foto com o filho que acabou de nascer, no hospital, saindo do buxo da mãe o cara vai dizer assim:

Parabéns (sim...pois geralmente este tipo de gente primeiro elogia para depois dar a alfinetada)
Agora tu vai ver como é bom ficar acordado a noite com menino chorando.

Macho, isso é coisa que se diga para um cara que acabou de receber o maior presente da vida: ter um filho? Macho, vai ser insensível assim no inferno (se o capeta te quiser por lá). Essa é uma categoria de gente que no final de tudo sempre finaliza a conversa dizendo: tava brincando cara. Como se isso fosse resolver tudo...é lindimais uma criatura dessa.

Agora, da mesma forma que tem gente que gosta de jogar um balde d’água na felicidade dos outros, tem outros que você chega se sente mais vivo falando com ela. No artigo Addition by Subtraction: Don't Let Bad Friends Drag You Down, o autor diz:

“Emotions and attitudes are infectious. Have you ever brainstormed with somebody really creative and found yourself becoming more creative? That's why having a workout partner is so successful. You pull each other up and shape each other's attitudes and behaviors. You instinctually want to order the chili-cheese fries but at the last minute decide to order what your more fit and healthy friend orders instead. However, social contagion also has a dark side. Ever been around a bunch of Debbie Downers? What happens to your creativity, outlook and ideas? They turn to rubbish.”

Exatamente isso!! Fica perto de uma pessoa criativa, dinâmica, com atitude positiva...rapaz, você produz que é um monstro. As idéias fluem, a coisa anda, e você faz tudo isso de forma alegre e mais importante: não se sente cansado.


Yuri, mais e aí, devo deixar de ser amigo destas figuras? Não é tão simples assim, até mesmo por que você não pode avaliar uma pessoas apenas por uma atitude. Mas, se tal comportamento começa a “moer suas forças” de lidar com aquela pessoa, a pergunta que fica é: vale a pena você continuar investindo nesta amizade? Muitas vezes a solução melhor é ignorar, se distanciar aos poucos e no caso do mundo online use duas coisas:
  • Coloque a(s) pessoa(s) na lista de exclusão para que ela não veja seus posts e assim não venha com comentários negativos 
  • Deixe de seguir a pessoa (unfollow), pois assim você não ver as babozeiras que ela posta (muitas vezes a máxima de que o que os olhos não vê o coração não sente prevalece)
Por outro lado fica simples ver o quão importante é estar cercado por pessoas que lhe ajudam a progredir. Em suma: não tenha medo de subtrair, pois muitas vezes você está adicionando qualidade no seu ciclo de amizades.



terça-feira, maio 03, 2016

O único caminho

Hoje aqui nos EUA se comemora o dia de apreciação aos Professores (Teacher’s Day) e eu só tenho o que agradecer a todos professores que eu tive na vida. Minha primeira professora, claro foi minha mãe, que me ensinou os primeiros passos, me ensinou a comer, a me vestir, em fim: tudo que precisava para começar. Apesar da ausência na minha infância, meu Pai de longe também me ensinava muito, muitas vezes de uma forma que eu não entendia, pois seu estilo durão sempre era mais enfático que as palavras precisas que ele compartilhava. Mas, com o tempo fui entendendo e hoje agradeço muito as palavras que outrora doeram, hoje me trazem um conhecimento único.

Agradeço também as Professoras do Colégio Brasinha, a qual estudei até a quarta série e todos meus Professores do Colégio Brasil, General Osório e Justiniano de Serpa (onde terminei o segundo grau). Indo para Faculdade tive excelente Professores, muitos deles se tornaram amigos, como é o caso do Professor Moiséis Castelo Branco, Professor Adahil e Professora Adriana. E a vida foi seguindo e o apredizado não parou; vieram pós graduação, MBA e Mestrado. Sempre ouvindo, aprendendo e principalmente: respeitando o papel do Mestre que está ali para compartilhar seu conhecimento.

Quando inicio o texto dizendo “o único caminho”, me refiro ao estudo. Você tem duas opções básicas na vida:

Opção 1) ficar reclamando que é um desfavorecido e seus Pais não são ricos para lhe dar o que você quer.
Opção 2) encarar a realidade, estudar muito e estar sempre pronto para abraçar uma oportunidade que apareça.

Tem inumeras pessoas que tangenciam para a opção 1, e nesse ciclo vicioso ficam exigindo que o Governo “dê algo” para essa pessoa, pois afinal de contas só pelo fato dela existir ela merece um tratamento especial. Errado! Você não merece nada se não fizer nada para fazer merecer, é simples. O mundo não lhe deve nada meu caro, pare de achar que o mundo tem débito com você se nem a sua parte você fez.

Porém me deixa super feliz de ver pessoas que seguiram a segunda opção, como foi o caso do Cícero Pereira Batista, ele não demandou algo do mundo, ele foi atrás! Ele catava lixo, vigiava carro, fazer o que fosse possível para poder ESTUDAR! Ele não pensava no hoje, pois se pensasse ele iria usar esse dinheiro para vadiar, beber, fumar, fazer besteira...ele olhava para o futuro e via a condição dele como temporária – e ao invés de pousar de “coitadinho” ele pousou de guerreiro e foi atrás de algo melhor.

Por que 100% das pessoas não seguem o exemplo do Cícero? Simples, é mais fácil não fazer nada e reclamar que de fato correr atrás e fazer acontecer. O sonho as vezes não vem tão rápido, veja também o caso do Rolando Valcir Spanhol, que tomou posse de juiz federal aos 38 anos, ex borracheiro. Aí você vem me dizer que não tem chance na vida? Será que não tem ou será que não foi atrás? Tanto Cícero quanto Rolando poderiam também dizer isso, mas eles preferiram investir no único caminho: o estudo.

Hoje sou Professor de Mestrado em um curso de Segurança Cibernética aqui nos EUA, e sinto-me muito honrado de fazer parte dessa classe, que usa de seu tempo para disseminar a informação. Termino o texto com esta excelente frase de BB King: "A beleza do aprendizado é que nimguém pode tomar de você."